PALOMA BERNARDI ESBANJA SENSUALIDADE EM ENSAIO PROVOCANTE

Unknown | 15:33 | 1 comentários

Cabelos cor de fogo, roupas justas e decotadas, maquiagem carregada e uma boa dose de atitude transformaram a eterna menina com rostinho de fada em um mulherão, aos olhos do público. Para viver Rosângela, a garota traficada com fins sexuais que, de vítima indefesa, se revelou uma mau-caráter daquelas em “Salve Jorge”, Paloma Bernardi precisou radicalizar no visual.
— Posso ter carinha de menina, mas já sou mulher há muito tempo, gente! Tenho 28 anos! Sei ser moleca, mas também tenho um lado mais sensual. Acho que ter ficado ruiva fez as pessoas descobrirem isso — afirma a atriz, que sugeriu ela mesma a mudança na cor dos cabelos, até então castanhos e cacheados: — Adorei meu novo look e vou mantê-lo assim, mesmo depois de a novela acabar.


Amparada na superprodução e no talento, Paloma conseguiu provar que era capaz de deixar para trás boas moças como a Mia, de “Viver a vida” (2009), e a Alice, de “Insensato coração” (2011), encarando com tudo sua primeira vilã na televisão.
— Meu trabalho é esse: provar que posso fazer personagens de A a Z, da pobrinha à riquinha, da boazinha à muito má. A TV costuma apostar naquilo que a imagem vende num primeiro olhar: “Ela é bonita, angelical e tem cabelão. O perfil é de mocinha. Vamos dar essa oportunidade a ela!”. Ótimo, obrigada, adoro fazer mocinhas. Mas que bom que chegou essa vilã neste momento! Fiquei muito feliz quando Schechtman (Marcos Schechtman, diretor de “Salve Jorge”) enxergou em mim essa outra possibilidade. Após sete meses, percebo que cresci como atriz, amadureci, ganhei reconhecimento. A partir de agora, tenho certeza de que vão confiar mais no meu trabalho.
Se a menina má vai se dar bem nos últimos capítulos da novela das 9, que termina dia 17, só saberemos na última semana. Mas Paloma gostaria que sua personagem morresse, fosse presa com todos os traficantes de mulheres ou desbancasse Lívia Marini (Claudia Raia) no posto de chefona da quadrilha. A Canal Extra, no entanto, propôs à atriz um final feliz para Rosângela: bonita que chega a dar raiva, ela posa como as grandes modelos internacionais, realizando seu grande sonho da ficção.


 “Eu fui daquelas crianças-prodígio, esperta, não tinha vergonha de nada. Chamava bastante a atenção. Com 4 aninhos, fiz meu primeiro comercial e não parei mais. Saía da escola, almoçava no carro, fazia a lição na sala de espera e encarava as câmeras. Aos 11 anos, fiz ‘Colégio Brasil’, minha primeira novela, no SBT. Esse contato com estúdio de gravação, roteiro, texto para decorar, me deixou encantada. Era aquilo o que eu queria para a vida. E era para eu ser atriz mesmo. Como parei de crescer (Paloma tem 1,63m de altura e 53kg), passarela não seria o meu forte”.
Beleza em questão
“Sempre fui muito magrinha e tive um cabelão cheio. Me chamavam de Olívia Palito, Vassoura... Na adolescência, fiquei esquisitinha, com acne e aparelho nos dentes, e tive que descansar a imagem. Depois de dez anos, voltei com tudo (em ‘Caminhos do coração’, 2007, na TV Record). De um modo geral, posso dizer que a beleza me abriu portas. Num primeiro momento, o que conta em televisão é um rosto e um corpo bonitos. Se vierem acompanhados de talento, melhor ainda. Mas já perdi trabalho por ter carinha bonitinha, e foi logo no início. Num teste para ‘Chiquititas’ (1997, SBT), me disseram que eu não servia porque tinha o rosto muito perfeitinho e estavam à procura de crianças ‘com cara de orfanato’”.
A arte imita a vida
“Antes de começar a dar vida a Rosângela, visitei diversas casas de prostituição aqui no Rio, das mais baixas às mais requintadas, porque desconhecia totalmente esse mundo. Mas o que mais me marcou foi o encontro com uma menina no aeroporto de Salvador. Ela me abordou e disse: ‘Paloma, eu queria te dizer que tudo o que vocês estão mostrando na novela é verdade. Eu fui traficada. Fui para Portugal achando que iria trabalhar como balconista e fui obrigada a ficar numa boate para pagar minha dívida de viagem. Voltei para o Brasil, mas a minha família não sabe até hoje o que fiz lá. Tenho muita vergonha do que passei’”.



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